Perspectivas para o futuro

 


1. CONSTRUÇÃO DOS TRÊS PORTOS

     O complexo portuário, formado por três portos, oferece uma moderna estrutura operacional, com equipamentos de última geração e alto grau de automação. Tem sítio portuário protegido e águas profundas. Com o apoundamento para 60 pés, deverá se tornar um dos poucos complexos aptos a operar grandes navios com total segurança.
     Hoje é um porto com tarifas altamente competitivas e alcança recordes de movimentação de cargas no Brasil.
     O Porto se interliga a todas as regiões do Rio Grande do Sul pela malha rodoferroviária e pelo sistema navegável das lagoas dos Patos e Mirim. É o único porto brasileiro servido pelos três modais (hidroviário, rodoviário e ferroviário), permitindo que o usuário escolha o tipo de transporte interno que mais se adapte à sua necessidade. (LOCALIZAÇÃO)
     O complexo portuário tem uma área de influência grande, abrangndo 30% de Santa Catarina, 60% do Uruguai, 20% do Paraguai e 10% da Argentina.
     O porto Novo e o Superporto estão localizados em áreas privilegiadas, com fácil acesso rodoviário e ferroviário. O complexo dispõe, também de área de expansão junto à margem do Canal do Norte, além de contar com um Distrito Industrial (2.520 hectares) e uma Zona de Processamento de Exportação, localizados na sua retaguarda.
     O Porto Velho, construído em meados de 1800, junto ao centro da cidade, é dividido em sete áreas, entre as quais de carga geral para navegaão interior, de ensino e pesquisa (apoio à frota oceanográfica da Fundação Universidade Federal do Rio Grande), de turismo, que compreende o cais de saneamento junto ao Mercado Público e a maior parte das instalações dos armazéns.
    No mesmo local existe o terminal de passageiros, a área militar, a área de prestação de serviços de manutenção e a área pesqueira, com diversas indústrias de beneficiamento de pescado.
     O Porto Novo está dividido em nove áreas de utilização que são: turismo, lazer e preservação ambiental, apoio operacional, terminais de granéis sólidos, desembarque roll-on/roll-off (onde encontra-seo terminal da GM); carga geral; carga e descarga de granéis sólidos e líquidos; movimentação de contêineres; carga e descarga de feertilizantes; e área de expansão. A exemplo do Porto Velho, foi construído pela Compagnie Française do Início do século XX. O custo chegou a 68 milhões de francos franceses, quase a metade do valor das obras de construção dos molhes.
     O Superporto é a área mais nobre para a expansão do Porto do Rio Grande. O canal de acesso atual é de 40 pés, o que o caracteriza como o porto com a maior profundidade situado na costa entre os portos de São Sebastião, em São Paulo, e da Baía Blanca, na Argentina. É também o porto brasileiro mais próximo dos portos do Uriguai e da Argentina, parceiros importantes do Mercosul.
     São 1.552 metros de cais, com profundidade variando entre 5 metros e 14,5 metros. Neste trecho estão os principais terminais especializados: Terminal de Contêineres (Tecon), Terminal de Granéis Agrícolas e Terminal de Granéis Líquidos e Fertilizantes, esses dois últimos seguindo o conceito de especialização por tipo de carga. A implantação do Tecon teve um custo de US$ 56 milhões. O Terminal de Granéis Agrícolas (Terminal de Trigo e Soja, TTS) exigiu recursos da ordem de US$ 692 milhões.
 

2. RECUPERAÇÃO DOS MOLHES

Proteção e Preservação

     Mais de 80 anos de sua construção os molhes o Porto do rio Grande apresentavam-se bastante comprometidos devido à ação das fortes ondas típicas da região. O impacto constante estava retirando pedras dos molhes e assoreando o canal , gerando um problema que, não solucionado, em poucos anos, impediria a entrada e a saída dos navios.
     Os 4.220 metros do corpo do molhe leste possuíam 12 pontos de rompimento da sua estrutura, além do comprometimento dos 640 metros de enraizamento produzido pelo constante impacto no local.
     O molhe oeste estava mais protegido que o molhe leste, mas existiam grandes falhas na crista ao longo de seus 3.160 metros, além de estarem os trilhos e toda a plataforma de concreto em péssimas condições de conservação. Pelo menos três grandes buracos comprometiam a segurança dos turistas e vagoneteirosque utilizavam os molhes.
     As obras foram inicia\das em junho de 1995, e até a sua conclusão, em fevereiro de 1999, foram colocadas mais de 450 mil toneladas de pedras e 10.200 tetrápodes com oito toneladas de concreto cada para revestir e reforçar os últimos 320 metros do cabeço do molhe leste. Diariamente, 120 caminhões faziam o trajeto Capão do Leão/Rio Grande, transportando pedras em, pelo menos, três viagens diárias cada um.
     O tetrápode é um bloco de concreto projetado para substituir as pedras ed maior tamanho em quebra-mares e molhes, com inúmeras vantagens, entre as quais menor custo e agilização nos serviços de produção e lançamento dos blocos. Na recomposição do cabeço do molhe leste foi utilizado o sistema de posicionamento por satélite (DGPS) para o lançamento do tetrápode.
     Cada molhe recebeu tratamento diferenciado. As obras do molhe leste foram acompanhadas por órgãos ambientais. O cabeço do molhe leste é um dos dois únicos locais no Brasil que registra a visita e a permanência dos leões marinhos nos meses de inverno. O molhe oeste teve a laje e os trilhos recuperados, mantendo os passeios de vagonetas durante a temporada de verão.
     Em pouco mais de três anos, as obras geraram cerca de mil empregos diretos e 5 mil indiretos em Rio Grande, São José do Norte, Capão do Leão, Pelotas e Porto Alegre.
     Com investimentos de R$ 150 milhões, os molhes estão recuperados, cumprindo sua função de proteger e fixar o Canal de Acesso ao Porto e permitindo a preservação de leões marinhos junto a Rio Grande e São José do Norte.

3. PROLONGAMENTO DOS MOLHES E APROFUNDAMENTO

Na rota dos maiores navios

     A consolidação do Porto do Rio Grande como concentrador de cargas do Mercusol depende do aprofundamento do canal de acesso para 60 pés e também da implantação de uma logística que o integre ao sistema global de circulação.
     Maior profundidade é um fator determinante para que o porto de Rio Grande transforme-se em um dos mais importantes portos do mundo. A obra está orçada em R$ 200 milhões, e o prazo previsto de conlusão é de 36 meses.
     Somente om um nova logística, o Porto do Rio Grande estará apto a oferecer vantagens de um sítio portuário protegido, com águas profundas, com amplos espaços físicos para operações de carga e descarga e plenamente inserido em uma região econômica capaz de gerar grandes e crescentes fluxos de cargas de difrentes tipos.
     Estudos recentes apontam que pdoerá haver um acréscimo de até US$ 185 milhões anuais à economia do Estado e do município através de impostos, além de benefícios aos usuários do Porto com a redução dos valores de fretes de cerca de US$ 70 milhões.
     A nova profundidade do canal, que será possível com a realização de dragagem específica, necessita de meios naturais para a manutenção da sua profundidade. Convênio firmado ntre o INPH (Instituto de Pesquisas Hidráulicas do Ministério dos Transportes) e o DHI, conceituado laboratório dinamarquês de pesquisas hidráulicas, levou à coleta de dados e ao estudo de alternativas viáveis.
     Entre as opções estudadas, a que se mostrou mais eficiente e adequada às exigências do projeto é a de prolongamento do molhe leste em 500 metros, passando para 4.720 metros de comprimento, e o prolongamento de 900 metros no molhe oeste, que ficará com 4.060 metros. A nova extensão dos molhes ocorrerá de forma convergente , afunilando a abertura da barra e provocno maior velocidade de escoamento dos sedimentos.
     Os principais resultados do prolongamento dos molhes são os seguintes:

     Esses efeitos combinados resultam em uma melhoria significativa nas conições de navegabiliadade do canal e na diminuição da freqüência de dragagens de manutenção, além de possibilitar a entrada de navios de maior capacidade para carga e descarga nos terminais do Superporto.
     Durante a execução das obras, haverá a geração de 2 mil empregos diretos nas frentes de serviço, em Rio Grande, Capão do Leão e São Jos´do Norte.
                              4. MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

Containers no Brasil (em %)
Porto de Rio Grande registra 2º maior movimento

Porto/Cidade
1998
1999
Santos
39,4
38
Rio Grande
11,1
12
Rio de Janeiro
9,8
9
Paranaguá
7,9
9
Itajaí
6,4
6
São Francisco do Sul
5,8
7
Outros Portos
19,6
19

Containers no Sul do Mercosul (em %)
Porto de Rio Grande registra 2º maior movimento

Porto/Cidade
1998
Buenos Aires
57,1
Rio Grande
11,8
Montevidéo
11,2
Paranaguá
7,8
Itajaí
6,8
São Francisco do Sul
5,3

Mercadorias no Porto de Rio Grande (em t)

Ano
Movimento de Cargas
1995
11.032.129
1996
9.683.491
1997
11.435.468
1998
13.874.691
1999
12.084.167

Contêineres no Porto de Rio Grande

Ano
Movimento de Contêiners (em TEUs)
1995
124.124
1996
170.267
1997
194.963
1998
224.577
1999
261.929

 

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